domingo, 28 de dezembro de 2008

Consumo é tudo

Espiritualistas, esquerdistas, românticos e idealistas dizem que no mundo atual as coisas estão invertidas. Reclamam que na contemporaneidade é mais valorizado ter do que ser. Como defendo o pragmatismo, só posso dizer o óbvio: não dá para ser em ter.

O sujeito expressa o que é pelo consumo. Preciso das minhas calças jeans mais justas e das minhas camisas e camisetas - também mais apertadas - para me diferenciar dos manos. Tenho de comprar carne para dizer que não sou vegetariano. Necessito dos meus cosméticos para me mostrar como metrossexual.

Gosto muito de comprar. Tanto que se alguém me pergunta “O que você quer ganhar?”, respondo: “Dinheiro”. Não tem presente melhor que grana. Assim eu posso ir a uma loja escolher o que quero e passar no caixa. Tenho prazer em assinar o comprovante do cartão de crédito. Assim como em digitar a senha do cartão de débito. Muitas vezes, quando compro roupas e sapatos, já saio usando as peças novas.

E atualmente há uma variedade de produtos e serviços. De várias partes do mundo. Quem se esquenta com isso é pobre ou tem mau gosto estético.

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